Petrobras descobre grande reserva de petróleo leve na Bacia de Campos

Com um volume recuperável de 280 milhões de barris, a Petrobras a anunciou nesta quinta-feira a descoberta de uma reserva de óleo leve e de alta produtividade na região do pós-sal da Bacia de Campos, a 120 quilômetros da costa fluminense.
A perfuração chamada de Araunã foi realizada num bloco adquirido pela empresa na 7ª rodada de licitação da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em outubro de 2005. As perfurações que comprovaram as reservas encontraram petróleo entre 2.993 e 3.123 metros de profundidade. O poço está localizado em lâmina dágua de 976 metros. A descoberta foi comprovada pelo "teste de formação a poço revestido" aplicado em avaliações de reservatórios localizados entre 2.993 e 3.123 metros de profundidade, e será objeto de um Plano de Avaliação de Descoberta a ser apresentado à ANP. Também na Bacia de Campos, no Campo de Marlim Sul, em reservatórios geologicamente semelhantes a Aruanã, a Petrobras perfurou dois poços 6-MLS-122-RJS (Jurará) e 6-MLS-146D-RJS (Muçuã), nos anos de 2007 e 2009. Esses poços foram perfurados em lâmina dágua de 1.200 m e permitiram as estimativas, em conjunto, de 350 milhões de barris recuperáveis de óleo de 27º API. O desenvolvimento desses projetos está previsto no Plano Estratégico 2009-2013, com o início da produção das plataformas P-51 (em andamento) e P-56 em 2011.

Prestígio garantido no pré-sal

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou hoje (20) que a Petrobras será prestigiada no novo marco regulatório e sairá ainda mais fortalecida com a adoção das novas regras para exploração e produção de petróleo na área do pré-sal. Ele não deu, entretanto, detalhes sobre os três projetos de lei que estão sendo avaliados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A Petrobras sairá bem desse debate. Não perderá nada e ainda será acrescida de novas funções que só ela pode exercer, para o benefício de todos", disse Lobão, ao participar da cerimônia de posse do novo presidente da Petrobras Distribuidora (BR), José Andrade de Lima. Ele substitui José Eduardo Dutra, que deixou o cargo para concorrer, em novembro, à presidência do PT.
Sobre o pagamento dos royalties, o ministro disse que serão mantidas as regras vigentes para os campos já licitados, mas admitiu que o governo estuda mudanças no novo marco regulatório. Segundo ele, ainda não há definição sobre o assunto porque o governo está avaliando as propostas encaminhadas.
O governo estuda a hipótese de distribuir os royalties do petróleo do pré-sal para os estados, e não apenas para aqueles que estão geograficamente próximos das áreas produtoras. O ministro ressaltou que a Constituição estabelece que a União é a proprietária do subsolo do país. "A ideia é que haja, por isso mesmo, uma distribuição maior para outros estados da federação, independentemente de serem produtores de petróleo."
Lobão lembrou que o governo está criando um fundo social no novo marco regulatório, mas destacou o fato de que os projetos ainda dependerão de aprovação do Congresso Nacional.
Discursos em defesa da Petrobras marcaram a solenidade de posse na Petrobras Distribuidora. O ministro Edison Lobão, por exemplo, afirmou, referindo-se à comissão parlamentar de inquérito criada para investigar possíveis irregularidades na empresa, que a estatal "submetida a perguntas que não deveria ter que responder". Para ele, "é dever de todas defendê-la".
Brasília, 23:27 20/8/2009 - fonte: guia offshore